Para a Igreja Católica união entre pessoas do mesmo sexo não é matrimônio e Papa pede compreensão as
- rsaraujo1988
- 10 de abr. de 2016
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Nesta sexta-feira (8) o Papa Francisco emitiu um documento pedindo “maior compreensão” para com as famílias modernas, formadas por pessoas do mesmo sexo.

O texto recebeu o nome de “A Alegria do Amor” (Amoris Laetitia – em latim) e contém 256 páginas com as conclusões dos dois sínodos que aconteceram em outubro de 2014 e outubro de 2015.
Nessas reuniões os bispos católicos discutiram sobre a crise da família e analisaram também esses novos arranjos familiares.
Na conclusão o papa pede para a igreja não “atirar pedras” em que não consegue viver de acordo com ideais de casamento e vida familiar do Evangelho.
Mas isso não quer dizer que a igreja irá aceitar a união entre pessoas do mesmo sexo, tanto é que o documento afirma que a igreja rejeita “os projetos de equiparação das uniões entre pessoas homossexuais com o matrimônio”.
“Não existe nenhum fundamento para assimilar ou estabelecer analogias, nem mesmo remotas, entre as uniões homossexuais e o desígnio de Deus sobre o matrimônio e a família”, diz o texto.
O texto, que teve trechos divulgados pela France Press, ainda condena a imposição internacional para que países pobres aceitem a união gay para não deixarem de receber ajuda financeira.
“É inaceitável que as Igrejas sofram pressões nessa matéria e que os organismos internacionais condicionem a ajuda financeira aos países pobres à introdução de leis que instituam o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo”, diz outro trecho.

Porém a igreja está disposta a respeitar as diferenças de orientação sexual.
“Desejo, antes de mais nada, reafirmar que cada pessoa, independentemente da própria orientação sexual, deve ser respeitada na sua dignidade e acolhida com respeito, procurando evitar qualquer sinal de discriminação injusta e, particularmente, toda a forma de agressão e violência”, escreve o Papa.
Sobre o divórcio
Outro ponto do documento fala sobre o divórcio, especialmente para os divorciados que voltaram a se casar. A recomendação é para que a igreja faça com que esses casais se sintam parte da igreja, pois eles não estão excomungados.
“Estas situações exigem um atento discernimento e um acompanhamento com grande respeito, evitando qualquer linguagem e atitude que faça com que sintam-se discriminados, promovendo sua participação na vida da comunidade”, escreveu o Papa.
Fonte: G1
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